| "Os portugueses, ao ocuparem o Rio de Janeiro, procuraram estabelecer fortificações que controlassem o acesso e protegessem a entrada da Baía de Guanabara. Um dos locais escolhidos foi a Pedra do Leme, onde foi instalado por ordem do Marquês do Lavradio, em 1776, um forte que , embora não possuísse artilharia, servia para alertar as outras fortificações sobre a chegada de navios à cidade. Sua posição privilegiada permitia uma ampla visão de toda entrada da Baía de Guanabara, das ilhas oceânicas e das Praias de Copacabana e Niterói. Nesta época, o forte era chamado de Forte do Vigia ou da Espia, tendo como guarnição uma Companhia dos Dragões Reais das Minas. Uma das curiosidades deste período, foi a prisão, em 1789, do Alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, quando o mesmo servia na Companhia que guarnecia este Forte.
Após a Independência, o Forte recebeu seus primeiros canhões, passando a fazer parte do sistema de fogos que protegia a capital do recém-nascido Império. Já na República, em 1913, no Governo de Hermes da Fonseca, o Forte foi reconstruído e modernizado, com um projeto de engenheiros e técnicos alemães. Os trabalhos, porém, só se encerraram em 1919. Foram instalados 04 obuseiros Krupp, de 280 mm e alcance de 12 km. Seus tiros podiam alcançar alvos situados atrás das elevações próximas, até o bairro do Caju.
Em 1922, por ocasião da Revolta do Forte de Copacabana, o Forte do Leme foi atingido por tiros de canhão vindos do forte rebelado. Estes tiros provocaram baixas em sua guarnição, que não podia revidar os fogos por temer atingir as casas próximas ao Forte de Copacabana.
Em 1924, o Forte teve o seu "Batismo de Fogo", ao disparar contra o encouraçado São Paulo, da Marinha do Brasil, que havia se rebelado contra o Governo. Em 1930, seus obuseiros voltaram a abrir fogo, desta vez contra o navio alemão Baden, que deixava a Baía de Guanabara sem a devida autorização, atingindo-o na altura do mastro principal, obrigando-o a retornar ao porto.
Em 1935, o Forte recebeu a denominação histórica de Forte Duque de Caxias, em homenagem ao maior de todos os militares brasileiros.
Em 1965, o Forte Duque de Caxias foi desativado, passando a receber em suas instalações, o Centro de Estudos de Pessoal, estabelecimento de ensino do Exército Brasileiro, voltado para o estudo e a pesquisa na área do comportamento humano.
A visitação ao Forte pode ser feita nos finais de semana (Sábados, Domingos e Feriados), das 0900 às 1700h. O Forte Duque de Caxias está situado hoje dentro de uma Área de Proteção Ambiental (APA), onde podem ser observados espécimes da flora e fauna típicas da Mata Atlântica."
Centro de Estudos de Pessoal |