| "Nasceu em Viçosa (CE), em 15 de outubro de 1869; era filho de José Beviláqua e de Martiniana de Jesus Beviláqua.
Estudou as primeiras letras em colégio de Viçosa e no Instituto de Humanidades de Fortaleza fez o curso preparatório, em 1863. No ano de 1883, a convite de seu irmão Clóvis, foi para Recife, onde se matriculou na Faculdade de Direito.
Em março de 1891, voltou ao Ceará para assumir o cargo de Promotor Público da Comarca de Itapipoca, que deixou três meses depois. Recebeu o grau de Bacharel em Direito em 4 de dezembro de 1891. No mês de janeiro de 1892 foi nomeado para exercer o cargo de Promotor Público da Comarca de Tefé, no Estado do Amazonas; após foi removido para Maricoré, e, logo depois, nomeado Juiz Municipal de Codajós. Não assumiu nenhum desses cargos, voltando a Viçosa, nomeado que fora Juiz de Direito em abril de 1892.
Por Ato de 22 de maio de 1892 foi nomeado Juiz de Direito da Comarca de Palmas (PR), transferiu-se para este Estado, aqui se fixando. Removido, a pedido, para a Comarca de Campo Largo, em 1894, desistiu da remoção, permanecendo na cidade de Palmas; em 1896 transferindo-se para a Comarca de Curitiba; quatro anos depois foi nomeado Desembargador do Superior Tribunal de Justiça do Paraná, quando contava com 31 anos de idade.
Em 1900 foi nomeado Procurador-Geral do Estado.
Participando da vida cultural do Estado, colaborou na Fundação da Universidade do Paraná, fazendo parte do grupo inicial, composto por Nilo Cairo, Flávio Luz, Hugo Simas e Daltro Filho.
Fundada a Universidade, fez parte de sua primeira Diretoria, ocupando o cargo de Vice-Diretor. Foi lente da Cátedra de Teoria e Prática do Processo Civil e Criminal.
Aclamado em 1917 membro do Diretório Regional do Paraná da Liga da Defesa Nacional foi, também, ao ser fundada em Curitiba a filial da Cruz Vermelha, em julho de 1917, eleito seu primeiro Tesoureiro.
Em 31 de dezembro de 1920 foi eleito Presidente do Superior Tribunal de Justiça, cargo que exerceu por um ano. Com a criação, por lei federal, dos Conselhos Penitenciários, foi designado Presidente do Conselho do Paraná, em 1924.
Após 32 anos de serviços prestados à Justiça, solicitou sua aposentadoria, que lhe foi concedida em novembro de 1924, dedicando-se, daí, então, à advocacia.
Era casado com Carmelita Batista Beviláqua.
Faleceu em Curitiba, em 29 de março de 1928."
Ministério Público do Estado do Paraná |