| "Teve sua pedra fundamental lançada em 14 de setembro de 1893, com projeto arquitetônico e execução sob a responsabilidade do engenheiro militar alagoano Carlos Jorge Calheiros de Lima, durante a administração do Dr. Gabino Suzano de Araújo Besouro (1892/1894), autorizado pela Lei n° 30, de 26 de maio de 1893.
Com a deposição do governador Gabino Besouro, em 16 de julho de 1894 e devido à escassez de recursos, o ritmo das obras diminuiu e foi retomado na administração de Manoel Gomes Ribeiro Júnior, Barão de Traipú (1894/1897). Neste período, atuaram, entre outros, os engenheiros Adolpho Lins, Firmino Theotônio Morada, Francisco Severiano Braga Torres e Luiz Manoel Gonçalves, que introduziram diversas modificações no projeto original, a ponto de descaracterizá-lo completamente. As obras ficaram novamente interrompidas com a saída do Barão de Traipú do governo, em 12 de junho de 1897.
As obras foram mais uma vez reiniciadas no governo de Euclides Vieira Malta, em 12 de junho de 1900, sob a responsabilidade do arquiteto italiano Luiz Lucariny. Formado pela Academia de Belas Artes de Nápoles, procurou corrigir e dissimular alguns dos defeitos que foram gradualmente acumulados, inclusive reformulando a fachada, que passou a ser de ordem toscana, dando ainda o estilo Renascentista ao salão de honra – ponto alto da construção, com altos relevos e móveis no estilo Luis XV; introduziu, ainda, elementos de ordem jônica à abóbada e ao pátio do terraço, do andar superior.
Os trabalhos só foram encerrados em 1902 e, coroando as festividades da Emancipação Política de Alagoas, em 16 de setembro de 1902, o Palácio foi solenemente inaugurado, com a presença expressiva da comunidade local.
Através do Decreto Estadual n° 417, de 17 de outubro de 1947, assinado pelo governador Silvestre Péricles de Góes Monteiro, o edifício oficial, residência e palácio do governo, passa a denominar-se Palácio Floriano Peixoto.
O prédio tornou-se Museu Histórico de Alagoas – Palácio Marechal Floriano Peixoto, através do Decreto de 27 de março de 2006, assinado pelo governador Ronaldo Lessa, que no Art. 3° determina: “O Palácio Marechal Floriano Peixoto, palco de grandes decisões políticas, pela sua importância na história de Alagoas, será transformado em museu, aberto à visitação pública e reservado para recepções e solenidades oficiais”. Sua inauguração oficial ocorreu no dia 18 de maio de 2006, durante o mandato do vice-governador Luiz Abílio de Souza Neto.
O Museu é hoje parte integrante do 'conjunto arquitetônico dos Martírios', tombado pelo Patrimônio Estadual, através do Decreto n° 38309, de 09 de março de 2000, onde se concentram os edifícios da Fundação e Museu Pierre Chalita e da antiga Intendência Municipal cognominada de Palácio das Águias, que, por suas linhas neogóticas, completam o sítio, com importante participação na vida sócio-política, religiosa e cultural da sociedade alagoana.
A partir daí, o Museu, que permanece vivo, atende a necessidade de resgatar os acontecimentos mais marcantes de sua trajetória enquanto sede do governo de Alagoas e também de representar um pólo educativo-cultural que resgata a memória histórica e cultural do Estado.
O acervo do Museu Palácio Floriano Peixoto, o MUPA, é constituído basicamente do mobiliário dos séculos XIX e XX, prataria, cristais e objetos decorativos, de quadros dos pintores alagoanos, como os destacados Luis Silva, Miguel Torres, Lourenço Peixoto e o maior acervo de telas – 21 obras - do famoso pintor alagoano nascido em Marechal Deodoro, Rosalvo Alexandrino de Caldas Ribeiro, premiado em várias exposições do Brasil e na França."
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